Segundo Maior Diamante do Brasil é Encontrado em Coromandel, Minas Gerais
Por Redação, 05 de junho de 2025
Na última semana, a pequena cidade de Coromandel, localizada na região do Alto Paranaíba, em Minas Gerais, tornou-se o centro das atenções no Brasil e no mundo com a descoberta de um diamante de 647 quilates. Avaliada inicialmente em R$ 16 milhões, a pedra preciosa é a segunda maior já encontrada no país, ficando atrás apenas de outro diamante histórico extraído na mesma região, o lendário Getúlio Vargas, descoberto em 1938. A confirmação da descoberta foi feita pelo prefeito da cidade, Fernando Breno (PRD), e a análise da autenticidade da pedra foi realizada por uma engenheira de mineração local, reforçando a relevância do achado.
Um Tesouro na Zona Rural
O diamante, de cor marrom e com impressionantes 647 quilates, foi encontrado há cerca de dez dias na região do Douradinho, uma área rural de Coromandel, conhecida por sua rica atividade de garimpo. A descoberta gerou grande euforia entre os 28 mil habitantes da cidade, situada a 490 quilômetros de Belo Horizonte. Segundo o prefeito Fernando Breno, a pedra é um marco para a região, que já é historicamente ligada à extração de gemas preciosas. “Nós temos os maiores diamantes que foram extraídos no Brasil: o primeiro, o segundo e o terceiro. O primeiro é o Getúlio Vargas, que inspirou o monumento do centenário, comemorando os 100 anos da cidade,” afirmou Breno.
A pedra bruta, que ainda não foi lapidada, tem um valor estimado de R$ 16 milhões, mas especialistas apontam que, após a lapidação, o valor das peças resultantes pode ultrapassar R$ 200 milhões, dependendo da qualidade e da clareza das gemas produzidas. A descoberta reacende o interesse pela atividade garimpeira na região, que, segundo moradores e autoridades, é uma parte essencial da identidade e da economia local.
Coromandel: A Capital dos Diamantes
Coromandel, apelidada de “o fragmento mais radioso, o diamante mais formoso dos garimpos do Brasil” em uma música do compositor local Goiá, tem uma longa história associada à mineração de diamantes. Além do Getúlio Vargas, descoberto no rio Santo Antônio em 1938, a cidade também foi palco da extração do terceiro maior diamante do país. A nova descoberta reforça a reputação de Coromandel como um dos principais polos de pedras preciosas do Brasil.
O prefeito destacou a importância cultural e econômica do garimpo para a cidade: “Todos ficaram eufóricos, pois Coromandel tem muita atividade de garimpo. Nossa terra é muito rica. Há tempos um diamante desse porte não era descoberto.” A região do Alto Paranaíba, onde Coromandel está localizada, é conhecida por sua geologia favorável à formação de diamantes, o que atrai garimpeiros e empresas de mineração há décadas.
Impacto Econômico e Cultural
A descoberta do diamante de 647 quilates não apenas coloca Coromandel no mapa global da mineração, mas também promete impulsionar a economia local. A pedra, que ainda está sob análise para determinar sua qualidade e possíveis usos, pode atrair investimentos e aumentar o turismo na região, que já conta com uma forte identidade ligada à mineração. A prefeitura planeja utilizar o feito para promover a cidade, destacando sua história e cultura garimpeira.
Além disso, a música de Goiá, mencionada pelo prefeito, reflete o orgulho local: “Nós seremos defensores dessa terra tão gentil. Coromandel, o fragmento mais radioso, o diamante mais formoso dos garimpos do Brasil.” A descoberta reforça essa narrativa, conectando o passado garimpeiro da cidade com seu presente e futuro promissores.
O Processo de Avaliação e o Futuro da Pedra
A autenticação do diamante foi realizada por uma engenheira de mineração, cuja identidade não foi divulgada, mas cujo trabalho foi essencial para confirmar a veracidade da pedra. O processo de lapidação, que pode transformar a gema bruta em peças de alto valor, será um próximo passo crucial. Especialistas estimam que o valor final da pedra, após lapidação, pode alcançar cifras significativamente maiores, dependendo de fatores como pureza, clareza e tamanho das gemas resultantes.
Enquanto a pedra não é lapidada, ela permanece sob cuidados especiais, e negociações sobre sua comercialização ainda não foram detalhadas publicamente. A expectativa é que a gema atraia compradores internacionais, dado seu tamanho e raridade, o que pode trazer benefícios econômicos significativos para a região.
Contexto Nacional e Perspectivas
A descoberta ocorre em um momento de destaque para o Brasil no cenário econômico global. No primeiro trimestre de 2025, o país registrou um crescimento de 1,4% no PIB, colocando-o entre as economias de maior desempenho no mundo, segundo dados da OCDE e do IBGE. Embora o achado do diamante seja um evento isolado, ele simboliza o potencial de recursos naturais do país, que, combinado com o crescimento econômico, pode fortalecer a posição do Brasil em setores como a mineração.
Para Coromandel, o diamante de 647 quilates é mais do que uma pedra preciosa: é um marco de orgulho local, um catalisador econômico e um lembrete da riqueza natural e cultural da região. À medida que a cidade se prepara para os próximos passos, o mundo observa com interesse o destino dessa gema extraordinária, que já entrou para a história como o segundo maior diamante do Brasil.
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